Esforço emocional e suas consequências indesejáveis.
Sabe aqueles dias que você não está bem emocionalmente, mal consegue levantar da cama?
Mas simplesmente você não pode deixar de cumprir suas atividades diárias. E justamente naquele precisa fazer algo muito importante logo pela manhã, como reunir-se com aquele cliente e fechar um contrato, por exemplo.
O problema é que você se sente emocionalmente péssimo. O que você faz? Obviamente que desmarcar a reunião não é uma opção.
Assim, mesmo se sentindo mal, você comparece. E simplesmente cria uma fachada, finge que está tudo bem. Sorri, demonstra motivação, otimismo, simpatia ou entusiasmo mesmo não sentindo nada disso.
Algumas pessoas, durante a interação, conseguem virar a chave e mudar o curso das emoções para uma atmosfera mais positiva e realmente se sentir melhor. Mas outras não, e continuam demonstrando emoções que não estão sentindo.
Entretanto, o esforço dessa interpretação toda é imenso, criando uma dissonância emocional. Isso porque a pessoa sente uma coisa e projeta outra completamente diferente.
As Consequências do Esforço Emocional no Trabalho
Para reprimir os sentimentos verdadeiros é necessário usar muitos recursos internos. Somente assim você consegue manter a aparência positiva, quando os verdadeiros sentimentos são totalmente contrários.
O empenho extra necessário para manter essas falsas aparências é denominado esforço emocional, termo utilizado pela primeira vez pela socióloga americana, Profa. Arlie Hochschild.
“Tudo bem, eu posso fazer esse esforço”, você pode pensar, “foi só uma vez, não é todo dia assim.”
Pode ser o seu caso, mas infelizmente, nem todos têm a mesma sorte.
Guias turísticos, trabalhadores de hotéis, parques temáticos ou vendas precisam demonstrar positividade o tempo todo pois seu desempenho e consequentemente, seu trabalho, sua renda, dependem disso.
Essas pessoas, além de executar bem suas atividades cotidianas precisam mostrar que estão ótimas. O que significa ser afetuosas, gentis e manter expressões faciais e corporais alinhadas ao ambiente de trabalho. Mesmo quando não sentem essa positividade toda.
Outras profissões como telemarketings, enfermeiros, professores, bombeiros e todas aquelas em que há interações com pessoas, precisam de grande esforço emocional.
Entretanto, contínuas expressões de alegria ou otimismo quando não sentimos nada disso é estressante e não raro, levam ao burnout.
Ao longo do tempo, isso gera frustração, raiva, ressentimento que podem levar à depressão, esgotamento emocional e outras doenças de ordem emocional.
A Importância da Autorregulação Emocional
Por isso a gestão emocional é importante. Não estamos falando de esconder ou reprimir os sentimentos, mas sim de regulá-los.
Afinal, você não pode desejar resolver o problema no mesmo nível que ele foi criado. Se a pessoa foi grosseira, não adianta responder com aspereza, isso só pioraria o problema.
É preciso ir além, ter o manejo emocional nessas situações extremas para não se deixar levar pelas emoções.
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Esse artigo teve a colaboração da Profa. Dra. Yeda Oswaldo