Situações estressantes ou ameaçadoras: como você reage diante delas?
Imagine que é madrugada, você está sozinho em casa e dorme tranquilamente em sua cama. De repente acorda com o barulho de passos no quintal. Imediatamente fica em alerta e percebe que está diante de uma ameaça ou suspeita de um perigo.
O que você faz?
Por certo, nosso comportamento defensivo nos faz reagir de três formas ao medo, insegurança e a situações estressantes. Nosso cérebro detecta um perigo e produz respostas que aumentam a chance de sobrevivência em uma situação entendida como perigosa. Isso vale também para a falta de segurança psicológica nas organizações.
Assim, em instantes nossa mente emocional nos emite um alerta e diz que precisamos nos proteger para garantir nossa sobrevivência.
É uma reação automática e tão poderosa que provoca uma emoção intensa, nos levando a agir quase que instantaneamente, baseado em nossos instintos mais primitivos.
Dessa forma, o que você faz nessa situação depende da forma como você percebe essa ameaça, sua intensidade e qual seu grau de vulnerabilidade em relação a ela.
LFP: Lutar, Fugir ou Paralisar nas Situações Estressantes e Desafiadoras?
A princípio temos armazenado em nossa mente emocional três reações: Lutar, Fugir ou Paralisar (também conhecidas como LFP).
Lutar significa enfrentar, Fugir é escapar e Paralisar é ficar parado e esperar que o perigo desapareça ou passar-se despercebido diante da situação.
Agora imagine que uma pessoa vai para uma reunião de negócios onde estão presentes outros competidores de mercado. Ela sabe que não será uma tarefa fácil, que sua posição pode estar ameaçada e automaticamente seu mecanismo de reação natural (LFP) é ativado.
Então sua tendência é reagir da mesma forma de quando sente medo ou perigo de qualquer outra coisa.
Isso vale para todas as situações estressantes, de medo ou raiva: desde uma discussão com o companheiro, sendo cobrado indevidamente por algo, levando uma “fechada” no trânsito, até sendo flagrado nas redes sociais pelo superior enquanto deveria estar fazendo um relatório importante. Também se aplica a situações em que a pessoa se sente psicologicamente insegura, quando percebe que não pode confiar nos outros, expressar suas opiniões ou agir de acordo com seus valores e convicções.
As pesquisadoras Emily e Amelia Nagoski, irmãs e autoras do livro “Burnout: O segredo para romper com o ciclo de estresse” escreveram sobre o LFP, trazendo importantes contribuições sobre o tema.
Reação de Luta (L)
Para as irmãs Nagoski, “lutar é quando o cérebro decide que a probabilidade de sobrevivência diante da ameaça é maior tentando enfrentá-la.”
Se normalmente entra em modo de Luta, imediatamente tentará marcar sua presença enfrentando os demais. Pode ser agressivo e revidar ao menor sinal de perigo, mesmo que imaginário. Estará sempre na defensiva.
Reação de Fuga (F)
Entretanto, se a sua reação natural é fugir desejará evadir-se daquela situação. Fugir ocorre quando o cérebro decide que é mais provável que consigamos sobreviver daquela situação tentando escapar. É o que acontece quando fugimos de um leão.
No caso da reunião, pode tentar encontrar alguma desculpa para sair dela, por exemplo.
Segundo as Nagoski, “fugir é medo — tratar de evitar —, ao passo que lutar é raiva — tentar abordar —, mas ambos são uma reação ao estresse do tipo “VAI!” A ordem é fazer alguma coisa.”
Já paralisar é muito diferente.
Reação de Paralisar (P)
Nesse caso, ficará torcendo para a reunião acabar e não chamará a atenção para si até que ela termine. Permanecerá nela como um observador ou vigilante.
A Melhor Resposta às Ameaças
O fato é que nosso sistema interior detector de perigo cobra uma resposta imediata, se não a damos, ficamos ansiosos.
Entretanto, nem sempre a forma como respondemos à uma situação de perigo é interessante para outra. Se optar por Lutar quando devia Fugir, pode custar sua sobrevivência. Se optar por Fugir quando o ideal é Paralisar e observar o cenário, pode custar um bom negócio.
Acima de tudo é preciso desconstruir esse padrão automático LFP pois nem todas as situações são potencial e realmente ameaçadoras, muitas vezes, elas estão ocorrendo somente na nossa mente. Em 80% dos casos, aquilo que na nossa imaginação configura como perigo, na realidade não acontece. São frutos de nossa leituras padrões do contexto. Por isso o autoconhecimento emocional e a percepção correta das pessoas e do ambiente são fundamentais, afinal, com eles podemos realmente fazer uma leitura correta da situação para sair logo desse estado.
O Estado LFP
Você sabia que a mente é capaz de se concentrar em poucas coisas quando estamos em modo LFP? Isso mesmo, muitas pessoas não percebem que quando entramos nesse estado, nossa visão se estreita e toda nossa atenção é focalizada na situação de perigo ou ameaça, deixando de lado muitos outros aspectos importantes. Principalmente, pode operar de forma mais sofisticada, saímos do preto e branco, do oito ou oitenta. Nossos pensamentos tornam-se mais sutis, e somos capazes de lidar com ambiguidades e complexidades.
O fato é que o modo LFP é ativado quando nos sentimos ameaçados ou em perigo, e é uma resposta natural do corpo humano para nos proteger. No entanto, é importante entender que, quando estamos nesse estado, nossa capacidade de raciocínio e tomada de decisões é reduzida, o que pode afetar negativamente nossas vidas, carreiras e negócios.
Finalmente, não podemos generalizar e reagir da mesma forma sempre. As circunstâncias, as pessoas, os ambientes mudam e podemos dar respostas eficientes a cada situação.
Logo, é necessário trazer essas reações ao nível do consciente para optar por aquela que garanta a sobrevivência (se for o caso), mas que gere crescimento e aprendizado para finalmente, partir para a prosperidade.
E essa e a melhor resposta. Isso é inteligência positiva.
A primeira ação deve ser sempre avaliar as possibilidades, se manter sereno e capaz de organizar as ideias e estabelecer cenários. Deve-se se sentir mais seguro em lutar quando estamos munidos de informações (armados) e já mapeamos os riscos e possíveis benefícios de enfrentar uma “batalha”.
Consciência é a chave nestas situações, é importante conhecermos nosso comportamento usual para identificar quando estamos neste estado LFP, assim como tenho aprendido nas aulas, acredito que um autoquestionamento sobre nosso estado deve ajudar a agir da melhor forma.
Creio que ao manter o silencio em situações de LFP será a melhor estratégia, pois em determinadas situações não permitir que as pessoas consigam ler você elas não saberão qual será seu próximo passo.
Vendo a melhor resposta penso que poucas vezes acertei, não e fácil atingir esse nível mas o curso nos ajuda muito nessa caminhada, eu vejo transformação não só em mim mais tbm ao meu entorno. SHOW.
Diariamente com as situações que somos expostos nos encontramos no estado de LFP, porém precisamos ter autoconhecimento e assim saberemos a melhor forma de agir, controlando nossos estados, emoções e sabotadores. Apesar de ser uma tarefa difícil, é uma prática que particularmente devo aplicar na minha rotina.
Precisamos analisar as possíveis saídas para todas essas situações. Identificando qual a melhor estratégia a ser seguida, buscar auto controle para nossos pontos fracos. Reconhecendo as vezes que o lado negativo chega próximo ao positivo é muito importante.
Não é fácil tentar se controlar do dia dia por suas adversidades, porém com o curso nos mostrando que primeiro temos que olhar pra si mesmo respirar antes de responder ou mesmo tomar alguma atitude , vejo um crescimento pessoal e ao meu entorno muito positivo , sei que o caminho a percorrer é longo mais conseguimos ver que estamos na direção certa
Quando estou em modo LFP rapidamente foco para a situação de perigo ou ameaça, deixando de lado muitos outros aspectos importantes(como se abrisse um campo de resolução do problema) . pensando e criando uma estratégia e analisando as posséveis alternativas rapidamente e vou a LUTA . (Isso é como um flash muito rápido).