São tantas emoções…
Inicialmente, somos seres emocionais, a emoção é a energia propulsora de nossas vidas.
Nesse sentido, para o neurocientista António Damásio a emoção é um programa de ações.
Elas surgem mediante estímulos, que geram um tipo de reação diferente em cada um de nós.
Isso ocorre porque somos o resultado de repertórios comportamentais inatos, que nascemos com eles, e outros aprendidos durante a vida.
Emoções = Ações
As emoções são como uma faísca da vida, aquilo que nos leva à ação.
Toda vez as vivenciamos, principalmente as mais fortes e primárias como o medo e a raiva, por exemplo, existe predisposição a uma ação imediata.
A própria raiz da palavra emoção é do latim “movere” que significa “mover”. Sugere uma direção externa a partir do corpo: emoção significa “movimento para fora”.
Essa ação pode ser não verbal (palavras, gestos) ou verbal (uma palavra, uma frase) ou uma combinação entre elas.
A importância das emoções em nossa vida fez proliferar ensinamentos nada científicos sobre a inteligência emocional. A maioria voltada para a autoajuda.
Esse importante conceito foi reduzido a abordar algumas poucas emoções, geralmente as mais básicas, fortes e negativas (raiva, medo), experimentadas por todos os seres humanos.
Não é Tudo a Mesma Coisa
Entretanto, Damásio afirma que existem diferenças entre as emoções e entendê-las é fundamental para o desenvolvimento da inteligência emocional. Ele as chamou de iniciais (primárias), adultas (secundárias) e estados de ânimo.
1) Emoções Primárias
As emoções primárias, são universais, inatas, nascem conosco e são comuns a todos seres humanos.
Outrossim, também são chamadas de básicas, segundo o Paul Ekman, sendo elas o o medo, a alegria, a tristeza, a raiva, a surpresa, o desprezo e o nojo.
Não é preciso nenhuma evolução ou aprendizado significativo para senti-las. Certamente, são essas geralmente abordadas em pseudo-cursos de inteligência emocional.
2) Emoções Secundárias
As emoções secundárias são as adultas, sutis, dependem de aprendizagem, contatos, interações sociais e também do contexto.
Ao contrário das primárias, elas não nascem conosco, dessa maneira, são aprendidas e implicam em uma avaliação cognitiva das situações.
Logo, São um tipo de nível mais alto das emoções, desenvolvidas a partir do nosso processo evolutivo. A vergonha, o ciúme, a culpa e o orgulho são alguns exemplos.
3) Estados de Ânimo
Para Damásio existe ainda uma terceira categoria que seriam os estados de ânimo ( também chamados de estados emocionais ou de fundo).
Bem-estar/mal-estar, satisfeito/insatisfeito, animado/desanimado são alguns exemplos.
Enfim, existem várias emoções diferentes, centenas delas. Em nosso curso de Inteligência Emocional ensinamos sobre o vocabulário emocional.
Primárias, secundárias e de fundo. Pessoas com emocionalmente inteligentes compreendem a sua importância, sabem gerenciá-las e aprendem sobre elas durante a vida toda.
Eu discordo que existe emoções inatas, pois como uma bebê pode sentir MEDO diante de um animal mortífero ?
Ou como pode ter RAIVA diante de uma ofensa?
Desde já gratidão pela explicação.
Olá Everton, tudo bem?
Segundo a teoria de Damásio, as emoções são básicas, mas podemos não senti-las da mesma forma. Você pode ter medo de algo e o outro não, por exemplo.
No caso do bebê, certamente ele não sentirá raiva por uma ofensa, mas sentirá em resposta à frustração como cansaço e fome. Da mesma forma ele pode não sentir medo diante de um animal mortífero como escorpião, por exemplo, mas sentirá com o rugido alto de um leão ou outro animal de grande envergadura.
Esperamos ter contribuído.
Profas. Elaine/Yeda
Aprender como lidar com as emoções é entender que “As emoções são como uma faísca da vida, aquilo que nos leva à ação.” Como tão bem disse o artigo! Parabéns