O convívio em sociedade não é algo simples. É necessário seguir normas e regras, e acima de tudo, é preciso reconhecer e aceitar que existem limites, não podemos simplesmente dizer e fazer o que nos vêm a mente sem esperar pelas consequências. Assim, apesar de livres para escolher nossas ações, não somos livres para determinar as suas consequências.
O imediatismo, os ganhos fáceis, a autopromoção e o individualismo violam valores fundamentais e universais. O que há alguma tempo atrás era inadmissível para qualquer padrão ético, parece que está dentro da normalidade.
Sob muitos aspectos, a especulação tomou espaço do trabalho honesto e sério. Afinal, copiar e roubar ideias, é mais fácil do que criar. Da mesma forma, ludibriar, achar que está acima de tudo e de todos, ocultar verdades, inventar mentiras, realizar jogos de poder e enganar pessoas virou praxe no mundo dos negócios.
Assim, muitas pessoas deixam de pensar no futuro para pensar nos ganhos imediatos. O resultado é que cada vez mais temos mais competição e menos colaboração. Mais pessoas pensando no “eu” do que no “nós”.
Nesse contexto, o profissional honesto e sério é visto como tolo. O esperto e inteligente é aquele colaborador que apresenta consecutivos atestados médicos, falta sem justificativa, passa horas de trabalho nas redes sociais, influencia com ensinamentos e conhecimentos superficiais, manipulando os colegas e/ou trabalha em seu próprio benefício. Logo, o espertalhão parece ser o mais “bem-sucedido ou inteligente”, servindo de referência para os mais vulneráveis.
Isso faz parecer que a ética não tem valor.
Ética é um Bom Negócio
Dessa forma, para um olhar mais desatento, a ética parece que entrou em desuso. Mas só parece. Na essência, queremos e valorizamos padrões éticos. Sem os quais, inclusive, nosso convívio social seria insuportável.
Ética vem do grego “Ethos”, significa caráter. A filosofia aristotélica a classifica como uma ciência prática e não somente como uma forma de pensar. Afinal, possui consequências na vida real.
Nesse sentido, Hazel Barnes (1915-2008), filósofa americana, afirma que a ética nasce do reconhecimento que nossas ações têm consequências.
É verdade que temos o livre arbítrio para fazer escolhas, segundo o escritos e PhD em comportamento organizacional, Frankin Covey no livro Os 7 hábitos das pessoas altamente eficazes:
Somos livres para escolher a resposta em qualquer situação, mas, ao fazê-lo, escolhemos também as consequências. Quando pegamos uma vara por uma ponta, pegamos também a outra ponta.
Portanto, nossos objetivos de longo prazo servem de freios para os impulsos e desejos momentâneos.
Acima de tudo, ética é uma autorregulação interior que modera nossas ações.
Dessa forma, é uma filosofia de vida. Sobretudo, é uma escolha e uma responsabilidade pessoal que não podemos transferir para mais ninguém.
De fato, todos os dias, podemos escolher se seremos eficientes e honestos ou indolentes e ardilosos. Por fim, a escolha é nossa.
Certamente, nesse mundo de ambiguidades, ética é um assunto difícil no mundo dos negócio, mas deveria ser a essência de todos eles. E sendo essa a sua sustentação, os negócios antiéticos não deveriam existir. Eles podem ter prestígio e resultados econômicos por um período, mas não resistem ao teste do tempo ou não prosperam de forma genuína.
Em síntese, a ética é uma essência social e os negócios que não a possuem, ao interagir com a sociedade, tendem a sucumbir ao longo do tempo pois não possuem sustentação sólida. Portanto, ser ético é um bom negócio.
Entretanto, falar de ética é uma coisa, agir com ética é algo totalmente diferente.
Escolher ser ético, além de ser um bom negócio, é dar significado ao que fazemos todos os dias.
Ética utopia para uns, e companheiro de outros
Alguns políticos deveriam ler um pouco mais sobre virtude e ética
A vida em sociedade não é algo simples, é fato. É necessário seguir normas e regras para colhermos bons frutos. Acima de tudo, é preciso reconhecer e aceitar os nossos limites e os dos outros. De fato, todos os dias, podemos escolher se seremos eficientes e honestos ou indolentes e ardilosos. Por fim, a escolha é nossa.
Ética deveria ser algo que fosse ensinado desde o berço, mas infelizmente, esses mesmo pais nem sempre praticam em suas vidas. Complexo, mas simples ao mesmo tempo. Questão de escolhas!!!
Ética uma palavra quase em desuso, não porque queremos, porque o ser humano parece ter desacreditado na família, no profissionalismo decente e favorável a todos. Sim concordo que tudo isso deveria ser de berço e por vezes percebo uma força pairando a mente das pessoas como se o outro não existisse. Mas não devemos desistir e nem esperar que algo mude. Se cada um fizer sua parte na esperanças de dias melhores, já estaremos fazendo muito.